sábado, 5 de janeiro de 2008

O medo de amar...

Eu estava fugindo de escrever. Uma preguiça. Esse negócio de contar as coisas sem contar é complicado. E cansativo também.
O ano acabou e eu não tenho do que reclamar. Correr atrás do que eu queria valeu à pena. 2007 me deu uma namorada nova. A mais linda de todas. Encontrei nela coisas que em mim haviam ficado esquecidas. Que eu perdi na poeira do tempo. Uma felicidade que dá até medo. E o medo de amar é o medo de ser livre.
Uma faculdade nova me proporcionou um emprego foda. Na verdade, é um estágio. Mas, como aprendi em um programa de Alexandre Machado e Fernanda Young – Os Aspones:

"– Eu não sou estagiário. Eu estou estagiário. Eu sou muito velho pra ser estagiário."

E terminei o ano, praticamente, dez quilos mais gordo. Mas continuo sendo magro. Revi velhos amigos. E também fiz as pazes com o sol. Lá no Arpoador. N., minha namorada, mediou esse reencontro. E foi bom. Acho que não ia à praia durante o dia desde o tempo que Suamãe e eu largávamos tudo e levávamos você para o Recreio dos Bandeirantes no meu Gol caixinha branco.

29 de dezembro de 2007. Dentro do ônibus, não lembro se em Botafogo ou Copacabana, passei por uma lojinha chamada SPE – O spa dos pés. Fiquei puto.

Tenho pensado muito em você ultimamente. Rezo para que você esteja bem e que tenha um bom ano.

"de noite na cama eu fico pensando
se você me ama e quando
de dia eu faço graça pra não dar bandeira
não deixo você ver
de dia tudo passa como brincadeira
por longe de você
por onde você mora, pára e se demora
por ora nçao vou ter coragem de dizer
mas há de haver a hora
se você for embora, agora
de noite na cama eu fico pensando
se você me ama e quando..."

(Caetano Veloso)

Eu te amo tanto, filha.